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Segunda-feira, 11 de Junho de 2012
De acordo com a legislação europeia, os resíduos de mercúrio metálico só podem ser armazenados temporariamente por cinco anos. Após este período, devem ser recuperados e reconvertidos para outros usos. Entretanto, como é proibida a exportação e a importação de mercúrio na União Europeia, visando eliminar seu comércio transfronteiriço, há um excedente deste metal no continente, o que obrigou a União Europeia a desenvolver tecnologias para o armazenamento permanente.
“A União Européia quer ter certeza dos métodos mais seguros para o armazenamento permanente do mercúrio e evitar a reversibilidade deste tipo de metal pesado”, explicou Manoel Ramos, do Centro Tecnológico Nacional de Descontaminação de Mercúrio da Espanha.
Nesse contexto, a Espanha assume posição de destaque devido ao seu longo histórico de extração de mercúrio, nas minas de Almadén – a maior e mais importante do mundo, da qual se projeta ter sido retirado um terço da matéria-prima do mercúrio na história da humanidade. Como a atividade de extração de mercúrio foi encerrada na Europa, a mina foi transformada em um parque histórico e cultural, voltado ao turismo e ao resgate da história da região a partir da economia extrativista.
Segundo Ana Garcia González, do Ministério da Agricultura, Alimentação e Meio Ambiente da Espanha, o país atualmente desenvolve novas tecnologias para estabilização do mercúrio recuperado e excedente, viabilizando um armazenamento seguro para as próximas gerações. “A tecnologia de estabilização, resultado das pesquisas em desenvolvimento pelo Centro Tecnológico Nacional de Descontaminação desde 2006, permite a estabilização do mercúrio em uma espécie de pedra monolítica com até 150 vezes menos emissão de mercúrio que o próprio cinábrio, mineral do qual é extraído o metal”, destacou.
O monolito resultante do processo de estabilização é um material inerte, mais resistente que o concreto e com baixas porosidade e impermeabilidade, o que garante segurança para o armazenamento permanente do mercúrio.
Para Sebben, esse projeto é muito importante para a Europa, onde existem políticas e práticas bem alinhadas visando o desuso do mercúrio e sua eliminação do mercado. “No caso do Brasil, antes de se pensar em estabilização, é necessário avançar nas políticas de gerenciamento e no tratamento dos resíduos mercuriais. Ainda temos um consumo muito grande de mercúrio no país, e por outro lado, não possuímos um gerenciamento adequado de seus resíduos, o que inviabiliza sua recuperação. Portanto, não há mercúrio excedente no país que justifique seu armazenamento permanente/estabilização. Em primeiro lugar, devemos tratá-lo e recuperá-lo para reuso”, destaca.
Fonte:
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