A logística reversa – sistemática de retorno de produtos pós-consumo para o ciclo produtivo e de negócios– passou a integrar a pauta de discussões do setor empresarial no Brasil após a aprovação, em 2010, do Programa Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que estabelece esse modelo como um de seus princípios fundamentais. Na prática, a PNRS irá obrigar os consumidores a devolverem os produtos, após seu consumo, para os fabricantes, que deverão reaproveitá-los, encaminhá-los para reciclagem ou, quando tiverem contaminantes, responsabilizarem-se por seu tratamento e descontaminação.

Para debater este assunto, foi realizado o 3º Fórum de Logística Reversa em São Paulo, nos dias 13 e 14 de junho, no Hotel Estanplaza Berrini. O evento foi promovido pelo Conselho de Logística Reversa do Brasil e reuniu especialistas e executivos para debaterem experiências da sistemática já implementadas no País. O diretor da Apliquim Brasil Recicle, Eduardo Sebben, foi um dos palestrantes convidados. Em sua explanação, ele abordou a logística reversa das lâmpadas fluorescentes, explicando como funciona a coleta, descontaminação e reciclagem desse tipo de produto.

 Para o executivo, o evento permitiu enfatizar a necessidade de promover o descarte correto das lâmpadas. “No Brasil, das mais de 250 milhões de lâmpadas fluorescentes comercializadas todo ano, apenas 14 milhões têm um destino final adequado. As demais são jogadas em lixões, terrenos baldios ou aterros, contaminando o meio ambiente e colocando em risco a saúde da população, devido à liberação do mercúrio, metal tóxico que precisa ser tratado de forma adequada”, alertou.

A Apliquim Brasil Recicle é a única empresa nacional capacitada para realizar a descontaminação completa de lâmpadas fluorescentes usadas, com recuperação do mercúrio em seu estado líquido elementar. No último ano, realizou a descontaminação e reciclagem de cerca de 9 milhões de lâmpadas descartadas por mais de 3 mil empresas e órgãos públicos de todo Brasil.