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Terça-feira, 20 de Agosto de 2013
Presidente da Apliquim Brasil Recicle expõe o cenário da descontaminação de mercúrio no Brasil em seminário da Fundacentro
O presidente da Apliquim Brasil Recicle, Mario Guilherme Sebben, foi o principal representante da classe empresarial no "Seminário de Atualização sobre Mercúrio", organizado nos dias 06 e 07 de agosto em São Paulo no auditório da Fundacentro (Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho). Dezenas de representantes de órgãos públicos federais e estaduais, ministérios, organizações não-governamentais e sociedade civil tomaram parte no encontro, que abordou temas como a agenda internacional sobre gerenciamento de substâncias químicas, a recente elaboração da Convenção de Minamata(que trata de políticas internacionais para a diminuição mundial do uso mercúrio, e seus impactos na área da saúde no Brasil) e, naturalmente, os riscos à saúde humana decorrentes do mercúrio e seus compostos, como ocorrido em casos de acidentes ambientais e processos de tratamento no Estado de São Paulo.
E foi este o ponto de partida para a participação do presidente da ABR na plenária "Cenário de descontaminação de Mercúrio no Brasil. Enquanto representante da única empresa efetivamente especialista na gestãodesta matéria-prima no país, Sebben observou que a falta de uma ação integrada entre governo, empresariado e sociedade é hoje a grande questão em aberto no debate nacional em torno deste assunto. Como comenta Sebben, “a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS, Lei 12.305/10) só será uma realidade se existir muita fiscalização - um trabalho a ser realizado por entidades como o Ministério Público e as prefeituras”.
Sebben chamou a atenção para o fato de que tendemos a desprezar as pequenas quantidades de mercúrio disponíveis para reaproveitamento no Brasil por serem consideradas inofensivas ou com pouco potencial econômico. Porém, segundo estudo publicado pela Associação de Combate aos Poluentes (ACPO), cerca de mil toneladas de mercúrio foram importadaspara o Brasil nos últimos dez anos – um número que poderia ser consideravelmente reduzido se estas pequenas quantidades fossem agrupadas com o cuidado e o interesse que representam. “Se conseguíssemos recuperar uma boa parte deste mercúrio não apenas seríamos autossuficientes na demanda por esta matéria prima como teríamos poupado o meio ambiente desta imensa carga tóxica”, ponderou.
Enquanto o cenário mundial caminha para a redução, recuperação e armazenamento seguro deste elemento, como no caso da Mina de Almadén (Espanha) ou dos bunkers de armazenamento nos Estados Unidos, “o foco do Brasil parece ser criar uma Lei impecável, mas com uma prática desarticulada. Todos os envolvidos no processo precisam ser consultados para que possamos colocar a PRNS em prática”, salienta Sebben. “Caso contrário, as gerações futuras pagarão pelo nosso erro”.
Ao nos preocuparmos com grandes quantidades de mercúrio, esquecemos que uma única lâmpada fluorescente pode contaminar até 15.000 litros de água. Em um universo de quase 300 milhões de lâmpadas, e onde apenas 6% são corretamente descartadas, existe um risco iminente de contaminação que vem sendo ignorado. Principalmente quando vemos crescer no país o uso de equipamentos que apenas trituram este resíduo e os depositam em aterros sanitários, transferindo o risco para estes locais. Muitas empresas (que são sempre corresponsáveis por seus resíduos) têm encaminhado as suas lâmpadas para a trituração acreditando, erroneamente, que realizam um procedimento de controle e descontaminação correta de seus resíduos.
Ao lembrar que a humanidade já retirou da natureza muito mais mercúrio do que realmente necessita atualmente, Sebben finalizou sua participação destacando que um "futuro ideal" do setor no Brasil passaria pela redução da importação, graças à recuperação de mercúrio descartado; pelo desenvolvimento de soluções de estocagem, como fazem Estados Unidos e Espanha e pretende fazer o Uruguai (e que, recentemente, realizou uma consulta técnica com a Apliquim Brasil Recicle sobre o assunto); e pela convivência regulamentada e pacífica com este elemento tóxico e perigoso que ainda faz parte de nosso dia a dia. “Precisamos de uma sociedade mais madura para lidar com suas responsabilidades de consumo e com o ônus da extração de matéria-prima da natureza", concluiu o empresário.
Foto: Fabiana Loredo, divulgação
Texto: Alisson Avila
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Fonte:
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