ILUMINE O PRESENTE
E PRESERVE O FUTURO
Digite palavras ou frases para localizar a noticia desejada.
Segunda-feira, 16 de Setembro de 2013
Perigo da falta de coleta seletiva de lâmpadas fluorescentes preocupa empresários e comunidade. O pedido é por medidas urgentes que detenham a má administração do material
Acumular grandes quantidades de lâmpadas fluorescentes queimadas pode representar um grande risco para pessoas que circulam ou trabalham perto do material, que contém mercúrio. “Já tive que recolher umas 10 mil lâmpadas de uma empresa aqui em Caxias do Sul, que não descartava porque era caro”, relatou Henrique Gustavo Koch, engenheiro químico e gerente do setor de controle da Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Caxias do Sul.
O exemplo de Koch só comprova a realidade atual da cidade gaúcha, onde lâmpadas, pilhas e baterias são destinadas ao lixo comum e acabam em aterros ou jogadas no meio ambiente. A contaminação do solo e água pelo mercúrio é uma armadilha ao longo prazo e oferece sérios riscos para a saúde da população. “O metal tem um diâmetro molecular menor que o oxigênio, é volátil e biocumulativo. É muito difícil de recolher o mercúrio depois que ele contamina o meio ambiente. Ele não tem cheiro, não dá nenhum sinal. Quando a pessoa percebe já pode ser tarde demais”, alertou Mario Sebben, engenheiro elétrico, conselheiro do Banco de Resíduos da FIERGS e membro integrante do GTT lâmpadas (grupo de trabalho encarregado de implementar os processos de logística reversa de lâmpada no Brasil), junto do Ministério do Meio Ambiente.
Sebben participou na última quinta-feira (12/09) do debate público entre Governo Municipal de Caxias do Sul (RS), comunidade e empresários ligados ao setor sobre o descarte de lâmpadas, pilhas e baterias. Os encontros, promovidos pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SEMMA) tem por objetivo decidir de onde virão os recursos para a finalização e implantação do Plano Municipal de Resíduos Sólidos, exigido pela lei 12.305 de 2010. Nos debates que seguem durante esta semana, também serão abordados temas sobre os segmentos de medicamentos, óleos lubrificantes; mineração e construção civil/demolição; agrossilvopastoris; pneus, resíduos industriais; componentes eletroeletrônicos e embalagens em geral.
A Secretaria Municipal do Meio ambiente deve apresentar o Plano Municipal de Resíduos Sólidos no próximo mês. “O plano vai definir como vamos implementar logística reversa, educação ambiental, redução do consumo e redução na geração de lixo na cidade”, afirma Mariana Carissimi, diretora técnica da SEMMA. “Nossa expectativa é que a conclusão destes debates gere normas claras, exigindo o cumprimento da lei em Caxias do Sul. Ali (na lei 12.305/2010) está explícito que só o rejeito pode ir para aterro, ou seja, só aquilo que não possui alternativa existente ou economicamente viável para ser reciclado. E todos os componentes das lâmpadas podem e devem ser reciclados, principalmente o mercúrio”, conclui Sebben.
Texto e foto: Caroline Pierosan
Leia também: Única empresa do país capacitada para recuperar mercúrio apresenta tecnologia no 6º Entequi
Fonte:
Administração Central - Rua Ramiro Barcelos, 630 - Sala 1317 - Bairro Floresta - Porto Alegre/RS - CEP 90035.001
Unidade Indaial - Rua Brasília, 85 - Bairro Tapajós - Indaial/SC - 89130-000
Unidade Paulínia - Av. Irene Karcher, 1201 - Bairro Betel - Paulínia/SP - 13140-000