A Apliquim Brasil Recicle coletou nos dias 15 e 16 de março mais 30 mil lâmpadas fluorescentes que haviam sido descartadas irregularmente em terreno na Região Metropolitana de Porto Alegre (RS), próxima ao Pólo Petroquímico, no município de Canoas. O descarte irregular configura crime ambiental e foi descoberto pela Prefeitura de Canoas, no dia 9 de março.

As lâmpadas encontradas no terreno contém mercúrio, um metal pesado extremamente tóxico e volátil, que pode contaminar o meio ambiente e prejudicar a saúde da população.Para resolver o problema, a Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), que mantém parceria com a Apliquim Brasil Recicle, tomou a iniciativa de dar o encaminhamento correto aos resíduos encontrados em troca de compensações ambientais que devia ao Município pelo corte de árvores.

Conforme o diretor-presidente da Apliquim Brasil Recicle, Mário Sebben, foi fundamental a ação imediata, antes mesmo da identificação dos responsáveis pelo crime, pois as lâmpadas poderiam se quebrar e liberar substâncias nocivas, colocando em risco a saúde da população local e o meio ambiente.

Segundo ele, as lâmpadas foram encaminhadas para as unidades de processamento da empresa, onde será feita a separação de seus componentes: metal, vidro, pó fosfórico e, principalmente, o mercúrio, que é extraído e recuperado em seu estado líquido elementar. Uma vez descontaminados, esses componentes podem ser reciclados. Todos os processos ocorrem por meio de tecnologia avançada, sob circunstâncias especiais e em ambiente controlado, para que não haja a contaminação do ambiente e das pessoas que operam os equipamentos.